Eu não vou começar esta postagem mais uma vez dizendo que dessa vez eu estou de volta definitivamente. Até por que nestes últimos dias a minha maior frustração tem sido não escrever tanto quanto eu gostaria. Tenho feito milhares de coisas, a situação em diversas áreas da minha vida está melhorando e mesmo assim eu não consigo achar subsídios pra começar uma postagem do jeito que eu gosto. De qualquer forma, hoje acabei por me estressar com essa coisa toda e decidi começar falando justamente das minhas frustrações.
Isto é porque nestes últimos dias eu tenho me sentido um incompetente. Desde que começaram as propagandas políticas eu não consigo acreditar que, mesmo tendo idade para tanto, eu não fiz o meu título de eleitor. De qualquer forma, talvez eu devesse estar muito mais preocupado se precisasse votar. Por quê? Aí vai.
Alguém já parou pra analisar as vinhetas eleitorais dos vereadores? Eu sei que é uma pergunta idiota, todo mundo faz isso, mas mesmo assim tem gente que cai nas armadilhas dos candidatos, ou então que nem dá bola pra isso. Eu acabei há alguns dias atrás por descobrir que um fulaninho aí, candidato a vereador que está buscando a reeleição ainda não sabe do que se trata uma câmara de vereadores (não que ele seja único, mas o que ele fez foi um desaforo). Estava eu bem belo e faceiro um dia desses na internet e achei um vídeo que gravaram dentro da câmara. O Pedrinho estava dormindo. Sim, dormindo, puxando um ronco, tirando uma sesta, apagando a vista, dormindo sentado em uma daquelas cadeiras (que aliás me parecem muito confortáveis). Dá pra acreditar? E o pior ainda está por vir: este que eu vi não é o único vídeo dele fazendo a mesma coisa. Eu só imagino com que tipo de projeto que ele deveria estar sonhando, claro porque, pelo menos alguma utilidade pra cidade aquela roncada dele haveria de ter. Me lembra muito aquela menina de Porto Alegre mexendo no Orkut enquanto os outros vereadores trabalhavam (trabalhavam?), ou pelo menos se importavam em atuar direito. E entre sestas e sonecas ele vem dizer na propaganda que trabalha sério, lendo o texto das placas pior do que uma criança mal alfabetizada e mantendo o olhar quase a noventa graus acima da câmera.
E tem coisa pior por aqui. Além do cara que foi expluso da câmara por fazer uma espécie de mandinga em frente ao prédio, alegando (muito conscientemente, diga-se de passagem) que tinha coisa ruim naquele lugar e que ele precisou fazer um despacho pra limpar os ares do negócio, ainda tem candidato a prefeito de Pelotas, veja bem, eu disse Pelotas, querendo se comparar a Barak Obama, fazendo propaganda com cara de idealista sonhador, tirando uma de amante da natureza e Capitão Planeta.
Mas o pior de tudo, o que mais me deixa louco são as músicas. Eu sou terminantemente contra músicas de campanha eleitoral, principalmente quando são mal feitas. E eu tenho um belo de um exemplo: dia desses estava voltando pra casa e acabei por cruzar um comício. Até aí tudo bem, nem tinha me preocupado, apesar de não gostar dessa coisa toda pelo menos eu me conformo que é só em época de eleição que eles se preocupam em construir uma boa imagem, com musiquinhas rimas e afins. Mas foi só prestar atenção à música que eu fui obrigado (por eles) a me revoltar. Explico:
Nós moramos no extremo sul do país. Eles querem eleitores do extremo sul do país. A música deles é um forró. Quem canta é um cara com um sotaque nordestino tão puxado, que eu poderia jurar que é parente do Lampião ou da Maria Bonita. Agora me convence de que isso é coerente. Simplesmente não dá. Com que cara de pau eles vêm colocar um forró cantado por um cearense pra tocar na campanha de um gaúcho do interior? Com a mesma audácia que eles se dispõem a aparecer nas propagandas lendo descaradamente os discursos mais batidos da face da Terra, ou então fingindo estarem indignados com a situação atual e saírem chutando literalmente o balde no meio de um negócio que, presumo eu, deveria ser um momento de mostrar seriedade ao trabalhar. Se era pra ganhar o povo na piada, então que deixassem o Bozo tomar conta do trabalho. Dedé e Didi garanto que adorariam entrar na disputa. Alguém já ouviu falar sobre os projetos do Zacarias? Poisé, eu também não.
É justamente por essas e outras que eu, por não ter feito título de eleitor (admito, foi preguiça mesmo), vou ficando cada vez mais impaciente. Queria eu poder votar e decidir quem iria trabalhar pra mim, pra cidade onde eu moro, e ajudar a vida de todo mundo, mas não deu, não foi dessa vez. Mas eu não esquento a cabeça, isso um dia há de mudar, daqui algum tempo eu já não vou poder escapar do voto mesmo, talvez eu tenha que esperar um tantinho mais pra poder fazer alguma coisa além de xingar e me indignar com esse pessoal sem moral pra representar alguém em qualquer lugar. Já que eu vou ter mesmo que esperar pra fazer alguma diferença, então que assim seja.
Bem, depois de me exaltar, pra ir mudando de assunto e finalizar eu vou repetir o meu ritual de deixar uma referência musical não tão "normal" quanto aquela dos que amam "beber, cair e levantar", ou então a da mãezinha que "não sabe a filha que tem". Essa semana eu deixo coisa de primeira. Achei por aqui esta semana um disco que não conhecia de um cara senegalês que mistura muito as influências da cultura local dele com uma sacada mais pop, fica uma coisa muito louca de boa, comumente denominada de wolrd music, ou música mundial, música universal, seja como quiser, já que não tem jeito de definir o que é mesmo. Isso sem contar que o cara tem uma habilidade enorme com as guitarras e na banda dele tem de tudo um pouco, e isso inclui instumentos de cultura africana como o balafon, que é a grosso modo um vibrafone amarrado numas cabaças. O que fica pra quem quiser hoje então é Habib Koité & Bamada - Bitile.
E já que está pegando o costume de deixar uma sugestão bibliográfica, dessa vez eu deixo uma sugestão que ninguém esperaria pelo menos de mim: O Caçador de Pipas. Por que não é comum pra mim? Por que eu não gostei tanto assim do livro. É muito bem escrito, a coisa toda é bonita, emocionante e até aí tudo bem. Leiam, adorem, vistam a camiseta e defendam o livro, mas ninguém me tira da cabeça que aquela história parte de uma fórmula exata do Best Seller, do livro feito pra vender. De qualquer forma, é até bem legal, é uma leitura relativamente rápida e que flui consideravelmente bem, além de não cansar muito a cabeça não te exigindo a todo momento pensar muito pra ter que entender. Pra quem não leu é uma boa opção.
Enfim, eu vou ficando depois de tudo isso por aqui, aproveitem bem os seus dias, não façam loucuras demais, não usem drogas e usem camisinha. Até a próxima!
Isto é porque nestes últimos dias eu tenho me sentido um incompetente. Desde que começaram as propagandas políticas eu não consigo acreditar que, mesmo tendo idade para tanto, eu não fiz o meu título de eleitor. De qualquer forma, talvez eu devesse estar muito mais preocupado se precisasse votar. Por quê? Aí vai.
Alguém já parou pra analisar as vinhetas eleitorais dos vereadores? Eu sei que é uma pergunta idiota, todo mundo faz isso, mas mesmo assim tem gente que cai nas armadilhas dos candidatos, ou então que nem dá bola pra isso. Eu acabei há alguns dias atrás por descobrir que um fulaninho aí, candidato a vereador que está buscando a reeleição ainda não sabe do que se trata uma câmara de vereadores (não que ele seja único, mas o que ele fez foi um desaforo). Estava eu bem belo e faceiro um dia desses na internet e achei um vídeo que gravaram dentro da câmara. O Pedrinho estava dormindo. Sim, dormindo, puxando um ronco, tirando uma sesta, apagando a vista, dormindo sentado em uma daquelas cadeiras (que aliás me parecem muito confortáveis). Dá pra acreditar? E o pior ainda está por vir: este que eu vi não é o único vídeo dele fazendo a mesma coisa. Eu só imagino com que tipo de projeto que ele deveria estar sonhando, claro porque, pelo menos alguma utilidade pra cidade aquela roncada dele haveria de ter. Me lembra muito aquela menina de Porto Alegre mexendo no Orkut enquanto os outros vereadores trabalhavam (trabalhavam?), ou pelo menos se importavam em atuar direito. E entre sestas e sonecas ele vem dizer na propaganda que trabalha sério, lendo o texto das placas pior do que uma criança mal alfabetizada e mantendo o olhar quase a noventa graus acima da câmera.
E tem coisa pior por aqui. Além do cara que foi expluso da câmara por fazer uma espécie de mandinga em frente ao prédio, alegando (muito conscientemente, diga-se de passagem) que tinha coisa ruim naquele lugar e que ele precisou fazer um despacho pra limpar os ares do negócio, ainda tem candidato a prefeito de Pelotas, veja bem, eu disse Pelotas, querendo se comparar a Barak Obama, fazendo propaganda com cara de idealista sonhador, tirando uma de amante da natureza e Capitão Planeta.
Mas o pior de tudo, o que mais me deixa louco são as músicas. Eu sou terminantemente contra músicas de campanha eleitoral, principalmente quando são mal feitas. E eu tenho um belo de um exemplo: dia desses estava voltando pra casa e acabei por cruzar um comício. Até aí tudo bem, nem tinha me preocupado, apesar de não gostar dessa coisa toda pelo menos eu me conformo que é só em época de eleição que eles se preocupam em construir uma boa imagem, com musiquinhas rimas e afins. Mas foi só prestar atenção à música que eu fui obrigado (por eles) a me revoltar. Explico:
Nós moramos no extremo sul do país. Eles querem eleitores do extremo sul do país. A música deles é um forró. Quem canta é um cara com um sotaque nordestino tão puxado, que eu poderia jurar que é parente do Lampião ou da Maria Bonita. Agora me convence de que isso é coerente. Simplesmente não dá. Com que cara de pau eles vêm colocar um forró cantado por um cearense pra tocar na campanha de um gaúcho do interior? Com a mesma audácia que eles se dispõem a aparecer nas propagandas lendo descaradamente os discursos mais batidos da face da Terra, ou então fingindo estarem indignados com a situação atual e saírem chutando literalmente o balde no meio de um negócio que, presumo eu, deveria ser um momento de mostrar seriedade ao trabalhar. Se era pra ganhar o povo na piada, então que deixassem o Bozo tomar conta do trabalho. Dedé e Didi garanto que adorariam entrar na disputa. Alguém já ouviu falar sobre os projetos do Zacarias? Poisé, eu também não.
É justamente por essas e outras que eu, por não ter feito título de eleitor (admito, foi preguiça mesmo), vou ficando cada vez mais impaciente. Queria eu poder votar e decidir quem iria trabalhar pra mim, pra cidade onde eu moro, e ajudar a vida de todo mundo, mas não deu, não foi dessa vez. Mas eu não esquento a cabeça, isso um dia há de mudar, daqui algum tempo eu já não vou poder escapar do voto mesmo, talvez eu tenha que esperar um tantinho mais pra poder fazer alguma coisa além de xingar e me indignar com esse pessoal sem moral pra representar alguém em qualquer lugar. Já que eu vou ter mesmo que esperar pra fazer alguma diferença, então que assim seja.
Bem, depois de me exaltar, pra ir mudando de assunto e finalizar eu vou repetir o meu ritual de deixar uma referência musical não tão "normal" quanto aquela dos que amam "beber, cair e levantar", ou então a da mãezinha que "não sabe a filha que tem". Essa semana eu deixo coisa de primeira. Achei por aqui esta semana um disco que não conhecia de um cara senegalês que mistura muito as influências da cultura local dele com uma sacada mais pop, fica uma coisa muito louca de boa, comumente denominada de wolrd music, ou música mundial, música universal, seja como quiser, já que não tem jeito de definir o que é mesmo. Isso sem contar que o cara tem uma habilidade enorme com as guitarras e na banda dele tem de tudo um pouco, e isso inclui instumentos de cultura africana como o balafon, que é a grosso modo um vibrafone amarrado numas cabaças. O que fica pra quem quiser hoje então é Habib Koité & Bamada - Bitile.
E já que está pegando o costume de deixar uma sugestão bibliográfica, dessa vez eu deixo uma sugestão que ninguém esperaria pelo menos de mim: O Caçador de Pipas. Por que não é comum pra mim? Por que eu não gostei tanto assim do livro. É muito bem escrito, a coisa toda é bonita, emocionante e até aí tudo bem. Leiam, adorem, vistam a camiseta e defendam o livro, mas ninguém me tira da cabeça que aquela história parte de uma fórmula exata do Best Seller, do livro feito pra vender. De qualquer forma, é até bem legal, é uma leitura relativamente rápida e que flui consideravelmente bem, além de não cansar muito a cabeça não te exigindo a todo momento pensar muito pra ter que entender. Pra quem não leu é uma boa opção.
Enfim, eu vou ficando depois de tudo isso por aqui, aproveitem bem os seus dias, não façam loucuras demais, não usem drogas e usem camisinha. Até a próxima!
Um comentário:
pedrinho, rejane, cururu, lacerda (acho que é esse o que chuta o balde). se depender dessa galera, "tamo fu****". já tirei meu título eleitoral, mas confesso que mal tenho vontade de usá-lo, tamanho o desgosto por essa gente que promete e não faz porcaria nenhuma. sem contar a janete das balas, o pingo do doce, o joão dos rodoviários, o gilmar da colônia, o zé do bingo (udshuidhdiud zoei :P), enfim, essas criaturas que mal sabem o alfabeto. talvez na hora eu decida em quem votar ou resolva bancar o rebelde e votar em branco. de qualquer maneira, concordo com a "revolta" descrita no post. fazia tempo que eu não chegava aqui, mas gostei do que li. tu é foda zé do bingo! continua assim ;) abraço
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