sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mais uma vez, voltando.

Ai, ai. Estou decididamente de volta às atividades. Como mudou o cheiro daqui, não? Passei tanto tempo fora que mal reconheço o ar do pedaço. Andei tanto tempo negando as postagens que, juro, estou me sentindo até envergonhado. Mas a minha ausência foi culpa das circunstâncias, eu andei me enrolando com as coisas do colégio e pra não ter que falar disso tudo eu preferi passar longe das palavras. Não que tenha sido ruim não, nesse meio tempo me aconteceram coisas boas, e é sobre isso justamente que eu vou falar.

Nestes últimos dias, além das recuperações que passei e das que eu acredito ter passado, outras ocasiões alegram os meus dias. Sabe quando a coisa toda muda de repente, e a gente pensa que é o fim do mundo? Poisé, eu andava assim. Eu não cria em clichês, não acreditava naquela velha história do “logo passa”, “não há de ser nada”, pra variar, depois de uma desventura, eu tinha caído em depressão. Mas não é que passa mesmo?

De uma forma ou de outra, o que me aconteceu só me fez refletir e reforçar o que eu acredito sobre o poder das pessoas. Eu provavelmente já tenha falado muito sobre isso em outros posts, mas a influência que uma pessoa exerce sobre as outras é gigante, ainda que seja nos mínimos detalhes. Eu estava naquela tal da depressão profunda, cortando os pulsos e me debulhando em lágrimas (isso tudo figurativamente, CLARO), sem saber que um problema não precisa se tornar necessariamente o fim do mundo, e muito repentinamente eu reaprendi a superar. Mas vamos deixar um ar de segredo por aqui, eu vou escolher outras coisas pra começar a comentar.

Voltei a andar de skate. Digo, eu já tinha voltado a andar, há horas, mas há alguns dias, na verdade à mesma medida que eu voltei a me permitir e valorizar, eu decidi que seria definitivo. Um amigo comentou algo que hoje em dia eu considero verdade absoluta: “Andar de skate é uma terapia”. E é realmente verdade. A coisa mais comum que se vê é alguém comentando que anda de skate e as pessoas na volta, apavoradas, começam a se alvoroçar: “Mas tu és louco! Cuidado que um dia ainda vais te quebrar!”. O que ninguém realmente entende é que por mais perigoso que seja, não importa o quanto, de verdade, ainda é algo que te faz descansar. Não inventaram ainda nesse mundo algo tão prazeroso quanto embalar, deslizar, fazer uma manobrinha aqui e outra ali, e não é porque andar de skate é a melhor coisa do mundo (conversa de quem tá viciado em skate, muitos vão falar), mas sim porque a melhor coisa que o skate te proporciona é a possibilidade de, cada vez mais, superar. Voltei também, só pra acompanhar a história do skate, a andar todo rasgado, machucado, com hematomas e dores em geral. Voltei a tentar umas loucuras que eu sei que não consigo, voltei a me atirar das rampas só pra ver no que dá. Esse sim é o tipo de terapia que funciona.

Voltei a escrever também, voltei a cantarolar, voltei a pensar melhor nos meus amigos, eu acho que junto com o Gustavo, eu cheguei a mudar, e voltei a viver.

Deixa eu comentar algo que acabei de lembrar.Vamos entrar neste momento no quadro “Você sabia?”. O Badia vai ser obrigado a me desculpar. Justo no dia do aniversário dele eu não apareci em aula pra parabenizar. Mas dá um desconto, tava chovendo, vai. Só pra deixar registrado o meu apreço pelo garoto de terça, Badiazinho, sabe como funciona a coisa, né? O presente eu acho que vai ficar pra uma outra ocasião, mas os meus votos de felicidades não são só no dia do aniversário. Eu posso falar abertamente com o pessoal sobre a minha pseudo-cunhada (é que o Bad é brother), já que todos sabem, por ele mesmo, pelo teor dos posts apaixonados e com certeza por uns comentários bem específicos deixados somente nos posts dele, que agora ele inventou de namorar. Badia, na falta de outra coisa, to te dando a tua namorada de presente de aniversário. Tá feliz? Dá pra ver que sim (é brincadeira, não vão se transtornar. Háhá!). Parabéns!

Mas enfim, antes de finalizar, eu quero complementar aquela história de superar. Eu nesse meio tempo entre querer morrer e voltar, eu conheci e re-conheci gente que me fez melhorar. E além de reaprender a me superar, descobri que aqueles clichês todos não são nada mais do que fruto da realidade, afinal (Platão mode: ON), hoje já não se foge mais do senso comum, e o clichê já faz tanta parte da nossa vida, que o simples ato de criar (conversa de designer), já é em parte o ato de copiar. Então que seja assim, já posso me dizer feliz com as coisas que têm me acontecido, e tudo isso só vai me ajudar a melhorar.

Agora pra parar com a chateação e acabar de incomodar mesmo, só vou repetir o ,meu e de muitos, velho clichê de deixar uma musiquinha pro final da conversa. Hoje apresento-os a mais uma banda de rock do velho mundo. Vindo lá dos quintões da Inglaterra, o Gentle Giant simplesmente me mantém fissurado no rock progressivo por um período que ainda está indeterminado. Eu vou deixar uma música do primeiro álbum dos caras, o único que eu encontrei pra escutar online, infelizmente, e vou deixar junto o convite pra que conheçam mais uma banda que abusa dos malabares rítmicos e vocais, com umas melodias que só eles sabem fazer. Aí vai Nothing at all – Gentle Giant. Uma dica de leitura pra semana? On the Road, aportuguesadamente, Pé na estrada, livro de um cara chamado Jack Kerouac. Conta as viagens muito loucas de um garotão, Sal Paradise (que dizem ser uma personagem baseada no próprio autor), pelos Estados Unidos da América de muitos anos atrás, se não me engano (e acho que me engano sim) lá pelos anos cinqüenta ou sessenta, ou setenta quem sabe. Nem sei.

Aproveitem aí a semana, talvez eu não demore tanto pra postar outra vez mas de qualquer forma até uma próxima, uma bem melhor. Feliz aniversário pro Bad e uma feliz estada pro resto do pessoal. Au revoir.

3 comentários:

Gustavo disse...

bom, na verdade, eu e tu já discutimos isso quando "estudavamos" na cantina.
O legal é que eu e tu, depois de tanto tempo, começamos a evoluir muito um com o outro, o porquê eu nao sei, talvez nem tu saiba. Mas isso é legal numa amizade que já tem mais de um ano.
é isso cara ;@

T disse...

'..a influência que uma pessoa exerce sobre as outras é gigante, ainda que seja nos mínimos detalhes.' Faço das tuas palavras as minhas. x)

Parabééns pro Badia! Mesmo não conhecendo. Hehe :)

Beijos garoto da quarta ;@

Roberto disse...

“Andar de skate é uma terapia”.
eu sei, eu sei...
eu sou quase um filósofo.
huhhouhuihuih
mas falando sério, andar de skate te traz uma sensação de liberdade, de tentar superara seus próprios limites!
é sensuuuaal.